Uma análise superficial dos candidatos a prefeito de São Paulo

A dois dias das eleições, muita gente ainda não sabe o que fazer. Os candidatos a prefeito parecem saídos direto de um freak show, cada vez mais medonhos. O Por Quê Tão Séria te ajuda a escolher algum ou desistir de todos de uma vez. Vem comigo!

RUSSOMANNO

Image

Mais conhecido como “surgiu do nada e já quer sentar na janelinha”. Você conhece alguém que vota nele? Nem eu. Veio com um discurso de defesa do consumidor e bla bla bla, mas na verdade é marionete do Edir Macedo, e só por isso deveriamos ter muito medo. Ao ouvi-lo falando, só me passa uma coisa pela cabeça: aquela música do Mukeka di Rato: “Seja amigo do diabo, mantenha o xaveco com Deus”

SERRA

Image

Fez os genéricos e fez o KASSAB. Passo com força. Além de ter virado memes de todo tipo, é tipo aquele ex seu que te traía horrores e agora quer uma chance de mostrar que pode ser fiel.

 

SONINHA

Image

Ela já tá mais bem cotada que o Serra por ter virado um MENE, e não um MEME. Mas só isso não adianta, falta experiência. Se eu tivesse 15 anos e não precisasse votar, votaria na Soninha. Ou se ela fosse menos hippie, tb.

 

CHALITA

Image

É o candidato favorito das tias, né? Tem naipe de galã da Record, é amigo do pe. Fábio de Melo, foi um aluno prodígio e fala no horário político como se fosse rir da sua cara toda hora ou mandar uma piscadinha estilo FABIAN. Canastrão demais, precisa de umas aulas de atuação melhores.

 

HADDAD

Image

Não sei muito sobre ele, só sei que as animações da Dreamworks não são perfeitas, mas costumam ser mais divertidas do que as da Pixar. Entendam como quiserem. ~Risos~

 

GIANAZZI

Image

Desconheço esse senhor, mas simpatizo com ele, vai ver porque ele parece algum tio meu, ou o Tonny Belloto versão drug free.

 

LEVYFIDELIX

Image

Ele é sensacional, só está comendo bola por não usar AEROPLANE dos Red Hot Chilli Peppers como base de jingle pro AEROTREM.

A melhor versão de “Ai, Se Eu Te Pego” já feita.

 

Pronto, Michel Teló. Pode parar. Não vai ficar melhor do que isso.

The Baseballs, mostrando que o toque de midas SIM, existe.

Todo carnaval tem seu começo

Sempre fui essas pessoas que odiavam carnaval. Sempre fugi dele como o diabo da cruz e me muni de todo tipo de artifício para ignorá-lo, desde alugar zilhões de filmes ou baixar temporadas inteiras de seriados pra não correr o risco de ver um trechinho sequer de desfile na tv, até fugir para as montanhas ou pra outro país. Como se uma passista demoníaca estivesse correndo com um machado atrás de mim (li isso no twitter e não consegui parar de rir, infelizmente não lembro quem postou pra dar os créditos, sorry). A ojeriza com o carnaval sempre foi grande. Discursinho padrão de “roqueira” true: “Carnaval é vulgar, as letras das músicas são pobres, é dinheiro que poderia ser usado pra mil e uma outras coisas” e blá blá blá…

Eis que acontece uma coisa muito importante na vida da pessoa: ela faz 30 anos. Sim, isso é um momento mágico (ao menos foi pra mim). Não estou dizendo que quando assoprei as velinhas do bolo dos 30 anos abriu-se um portal para um mundo fantástico e paralelo e me transformei numa mulata do Sargentelli. Nada disso. O que aconteceu foi que eu comecei a ver que perdia muita coisa da vida sendo babaca e me importando com o que os outros pensavam. Depois dos 30, de muita merda ter acontecido na vida (e muita coisa boa também, é preciso dar os créditos, mas a realidade é que a gente aprende mesmo é com as ruins) a gente fica com preguiça de muita coisa. Do julgamento dos outros, de opiniões engessadas, de discursinhos que não mudam nunca, de desperdiçar vida.

Parei pra pensar que sim, eu gosto de festa. Sim, eu gosto de festa à fantasia. Sim, eu gosto de música de todos os tipos, apesar de ter um gênero preferencial pra ouvir no dia-a-dia, mas convenhamos, tem coisas que não dá pra se ouvir em festas. E cá entre nós, ninguém ouve musicas cultas, edificantes e com letras magníficas o tempo todo, me poupem. Já que eu gosto de tudo isso, como não gostava de carnaval? Tinha algo errado aí. Adivinhem o que era? Tchananam…ele mesmo…o nosso amigo PRECONCEITO!

Preconceito faz a gente perder muita coisa boa da vida. Ninguém é obrigado a gostar de nada, mas também não é obrigado a odiar sem ao menos tentar ou respeitar. Fica aí uma diquinha. E, apesar de não ir curtir o carnaval esse ano como eu gostaria, certamente vou me planejar pra isso no próximo ano. E tenho dito.

“Ui, sou culto demais pra gostar de carnaval!”.

Azar o seu.

Love Kills: Os 5 casais mais foda do rock

Como no próximo domingo é dia dos namorados, resolvi postar por aqui uma lista dos meus casais preferidos do mundo do rock.

5 – Kurt and Courtney

Um dos casais mais polêmicos de todos os tempos. Drogas, declarações bizarras e acusações de assassinato rodearam a vida deste casal turbulento, mas que marcou os anos 90 e a era grunge. Kurt certa vez declarou que Courtney era “the best fuck in the world” para o mundo todo ouvir e também disse que se apaixonou por ela pela sua semelhança com Nancy Spungen, namorada de Sid Vicious. Só que o tiro saiu pela culatra: nessa emulação do amor drogado e violento de Sid e Nancy, foi Kurt quem morreu primeiro. Courtney continua andando de camisola, com batom borrado, falando merda e trançando as pernas por aí.

kurt em momento “romantico”?

4 – Sid Vicious e Nancy Spungen

O amor não tira sua virgindade e te vicia em heroína. O nome disso é Nancy Spungen. O amor é outra coisa. Bom, pra eles era isso mesmo. Sid, o lendário baixista dos Sex Pistols, se apaixonou por Nancy, a garota que ninguém queria. O amor violento e doentio dos dois acabou com Nancy encontrada morta com uma facada na barriga em um quarto de hotel. Se foi suicídio ou se Sid a matou enquanto estava drogado, ninguém sabe. Mas estava consolidada a versão punk de Romeu e Julieta.

os punks também amam.

3 – John e Yoko

Ok, você pode detestar a Yoko. Mas John era caidaço por ela e muitas vezes se declarou até dependente. A obsessão dele pela mulher era tanta que irritava profundamente seus colegas de banda. Yoko conseguiu o inimáginável: fazer um cara abrir mão de ser um Beatle. Isso não é pra qualquer uma. O vídeo abaixo é uma sincera e honesta declaração deste amor dependente.

amava tanto que ficou igualzinho à ela.

2 – Lux Interior e Poison Ivy

Uma das bandas mais cultuadas de todos os tempos, os Cramps foram formados por um casal que se conheceu numa carona em 72 e logo descobriu uma infinidade de gostos e insanidades em comum. Combinavam tanto que tocaram na mesma banda por 36 anos, até a morte de Lux, em 2009.

amor duradouro é aquele que embarca nas suas loucuras!

1 – Johnny Cash e June Carter

Johnny, antes de se tornar o Man in Black, já era fã de June. Conseguiu realizar um sonho saindo em turnê com ela e usava todo o tempo juntos tentando conquistá-la, sem sucesso. Se tornaram grandes amigos, mas ele não desistia. Ela, por sua vez, fazia jogo duro pois não queria vê-lo envolvido com drogas. Ambos viveram seus respectivos casamentos fracassados, mas o círculo de amizade pegava fogo de vez em quando. Depois de muitos anos, quando ele prometeu que iria entrar na linha, June finalmente cedeu. Foram felizes por muitos anos, até o falecimento de June, em 2003. John morreu menos de quatro meses depois. A história dos dois rendeu o filme “Walk the line”, lançado em 2005, que deu o Oscar de melhor atriz à Reese Whiterspoon, pela interpretação de June Carter.

june foi um ídolo, um anjo da guarda e o amor verdadeiro da vida de cash.

Da série: grandes coincidências do Rock

E não estou falando dos cortes de cabelo esquisitos…

O quê vocês acham? Influência? Coinciência? Sabotagem?

Casamento da depressão

Já faz um tempo (aproximadamente uns três anos) que os programas mais frequentes da minha vida deixaram de ser as baladas e os bares e passaram a ser churrascos de família, aniversários de filhos de amigos e, principalmente, festas de casamento. Têm sido aproximadamente umas três por ano, sem contar àquelas que por alguma razão não podemos (ou queremos) ir.

Com tanta gente jurando amor verdadeiro, amor eterno na frente do padre, confesso que a vontade vem batendo. Principalmente quando você já namora à 6 anos, já chegou na casa dos trinta e mora junto à quase um ano. Parece ser o próximo passo natural. Além da cobrança dos amigos e da família, que parecem até que não podem ver um casal feliz e tranquilo que já querem estragar tudo. Enfim.

O fato é que, sim, eu sinto vontade de casar. Nunca quis até pouco tempo atrás. Sempre achei cafona, brega, um desperdício de dinheiro desnecessário. Mas isso foi só até encontrar a pessoa certa e querer, de alguma forma, formalizar as coisas, celebrar isso. Com os amigos e com a família. E é aí que o bicho pega.

Eu sou órfã de mãe desde 2001 e de pai desde 2009. Até lido bem com isso no dia-a-dia, infelizmente a gente vai se acostumando e a vida segue. Mas toda vez que estou num casamento e vejo a noiva entrando de braço dado com seu pai ao som da marcha nupcial eu me seguro pra não chorar e dar vexame. Fico feliz pela noiva, claro, mas ao mesmo tempo, muito triste porque sei que nunca terei isso. Nunca entrarei na igreja com meu pai.

Pra piorar e me fazer me sentir a pessoa mais forever alone do mundo, enquanto do meu lado da igreja não tem ninguém, do lado do meu namorado tem quatro pessoas: mãe, namorado da mãe, pai, esposa nova do pai. Puta mundo injusto. Uns com tanto, outros com nada (/drama). Fico pensando também em como seria o convite do meu casamento. Na tradicional parte com os nomes dos pais, escrever in memorian nos dois? Muito triste. Ao invés das pessoas ficarem felizes ao receberem meu convite, vão chorar de dó.

E no altar, na hora da cerimônia, em que o padre chama os pais para abençoarem os filhos? Quem vão chamar do meu lado? Meu irmão mais novo, que é tudo o que tenho? Aí sim é que eu teria uma crise de choro total. O mesmo aconteceria se ele entrasse comigo na igreja. Seria lindo, claro, amo meu irmão. Mas isso só reforçaria ainda mais o fato de meu pai não estar lá. Geral com pena de mim por estar entrando com o irmão mais novo. E com certeza eu iria chorar o tempo todo, não iria ser divertido.

Ao mesmo tempo é meio complicado entrar sozinha e desamparada. É perigoso a família do noivo e os convidadps pensarem que ele me achou na rua e num surto de loucura momentânea resolveu se casar comigo.

E eu fico aqui pensando: comofas? Eu quero casar mas não quero ficar triste nesse dia que deveria ser de celebração. Mas o foco na família e, principalmente, nos pais é tanto que fico meio com medo. Aliás, com muito medo. Não quero que as pessoas sintam pena de mim, não quero ficar pensando em quem não pode estar presente e estragar tudo.

E não, isso não é uma desculpa esfarrapada pra não casar, não (viu, amor?). Eu acho que realmente não tenho estrutura emocional pra esse modelo de casamento tradicional. Simples assim. Não dou conta não.

Talvez eu deva inventar uma nova e mais divertida maneira de fazer tudo isso.

Ou entrar na igreja com a minha terapeuta.

So don’t be sad, cause I’ll be there, don’t be sad at all…

Hoje se completam 10 anos da morte de Joey Ramone, talvez o rockstar mais carismático que já passou por esse planeta.

É difícil (ao menos pra mim) não se identificar com esse rapaz franzino, esquisito, todo torto, mas cheio de idéias, energia e sonhos, e com um gosto musical totalmente peculiar. Ao lado dos Ramones, ele inventou o som da adolescência. Foi responsável pela única banda capaz de agradar os mais diversos tipos de público. Ramones é pra mim o que os Beatles foram para meus pais.

Esta foi a primeira e única vez em que Joey Ramone cantou Life’s a Gas ao vivo. Eu fico com um nó na garganta toda vez que ouço essa música. Simples, boba. Mas todas as coisas mais lindas do mundo não são assim?

“So don’t be sad / Cause I’ll be there / Don’t be sad at all…” A letra mais curta, direta e objetiva da face da terra. E me emociona toda vez, mesmo assim.

E, realmente, você sempre estará lá. Quem faz a diferença, quem deixa sua marca, sempre estará por perto.

Viva Joey Ramone!

Ainda há esperança para a humanidade. ♥

Me diz se não é a melhor apresentação infantil que você já viu?
O instinto maternal gritou HEY HO LETS GO aqui.

Fonte: @janaralopes